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LEMBRANDO OUTROS ATENTADOS
Os dias de terror

Alexey Dodsworth


A chave da compreensão astrológica de eventos está na pesquisa detalhada de seqüências de eventos anteriores. Ativações semelhantes ao do atentado de 11 de setembro já se encontravam em mapas de outros atos terroristas. O papel proeminente costuma estar reservado a Plutão.

Seria possível prever, pela astrologia, o atentado contra os EUA?

Antes de acontecer, somos até capazes de olhar para um mapa e não ver nada demais. Depois que acontece, tudo faz sentido.

Sob um ponto de vista, a astrologia pode ser tão simplesmente uma forma de "atribuir sentido aos fatos". Seria uma tentativa humana de compreender os absurdos da vida. Conforta saber que há uma força cósmica, superior, coordenando os eventos, e que tudo o que ocorre tem um sentido. Às vezes até esquecemos que, para os parentes e amigos de quem morreu no World Trade Center, pouca diferença faz saber que Plutão, o Terrorista Cósmico, resolveu medir forças com o Saturno do Poder Convencional.

Por outro lado, percebo o quanto somos ainda capengas na arte de interpretar os céus. Não por nossa culpa única. Astrólogo, se não é rico, trabalha com outra coisa que dá dinheiro. Faltam recursos e disposição para trabalhar com pesquisa. Talvez - e vejam bem, eu disse talvez -, se as circunstâncias fossem outras, nós astrólogos poderíamos ser efetivamente úteis em nossos "avisos", ao invés de sermos tão simplesmente aqueles que falam coisas genéricas.

Tenho um verdadeiro horror da expressão "momento de mudança". O que me causa calafrios é a vulgaridade deste termo, utilizado para falar do óbvio do óbvio: todo momento é um momento de mudança. Quando alguém diz que tal pessoa, tal país ou o mundo está passando por um "momento de mudança", soa como se dissesse que, depois do dia, vem a noite.

Talvez antigamente, quando tudo no mundo era mais lento, houvesse reais "momentos de mudança". Hoje em dia, tudo é mais acelerado, e mês passado parece que foi ano passado e, ironia das ironias, ano passado parece que foi ontem. O tempo parece não fazer mais tanto sentido. Ontem pela TV vi uma numeróloga dizendo que era "óbvio" que tudo isso ia acontecer, porque os EUA estão num ano 5, e que isso significa... mudança...

Pois se tudo fosse tão óbvio, não seria tão surpreendente. A impermanência não me poupou por saber ler o céu. Creio que a única coisa realmente espetacular que a astrologia me concedeu foi mais compreensão... e reflexão.

Um lado meu acredita que a astrologia possa fazer mais pelo mundo. Mas, para isso, seria preciso que houvesse pesquisa séria. E isso implica dedicar um tempo ao assunto que nem todo mundo pode dedicar.

Carta interna: Independência dos EUA; externa: atentado a edifício público federal em Oklahoma, 19.4.1995. Observar Saturno em trânsito em oposição a Netuno radical e Urano, Sol e Mercúrio em trânsito em quadratura.

Bem, fiz trocentos arrodeios para chegar no seguinte ponto:

Os Estados Unidos já sofreram outros ataques terroristas. De inimigos ora ocultos, ora declarados.

Pra quem não sabe, o World Trade Center já havia sido atacado antes: em 26 de Fevereiro de 1993, com apenas 6 mortos. E, nesta ocasião, Plutão também estava brigando com Saturno. Na época, uma quadratura. No ataque de anteontem, foi uma oposição. E, em termos de trânsitos, o Plutão celeste formava quadratura com a Lua dos EUA, sendo que o Saturno celeste estava conjunto à Lua natal.

Os outros aspectos celestes tensos foram, além de Plutão em quadratura com Saturno: Marte em quadratura a Vênus e Júpiter, Vênus em oposição a Júpiter, Vênus e Júpiter em quadratura a Urano, ou seja, uma pequena cruz - aquela marca de tensão associada a crises.

Em relação aos planetas do céu com os do mapa dos EUA, tínhamos uma Lua atacada por Plutão e Saturno ao mesmo tempo, o Júpiter celeste atacando tanto o Sol quanto o Júpiter natal, uma conjunção com o Saturno natal, e Marte passando, por trânsito, em cima do Sol, de Vênus e de Júpiter natal. Marte também formava aspecto tenso com Saturno - aliás, contatos entre Marte e Saturno parecem ser associados a conflitos e guerras.

O Plutão digladiando contra Saturno (e Marte ao mesmo tempo!) também esteve presente no atentado de Taverne, em 24 de Janeiro de 1975, que deixou 4 mortos.

Plutão também surgiu, desta vez brigando com Júpiter e o Sol, no atentado contra o Aeroporto La Guardia, em 29 de Dezembro de 1975, que deixou 11 mortos.

Plutão também brigava contra o Sol no atentado de Greenwich Village, em 6 de Março de 1970, que deixou 3 mortos.

No atentado de Oklahoma, em 19 de Abril de 1995, quem comandava a cena eram o Marte e o Urano celestes, que estavam aflitíssimos... Marte quebrando o pau com Mercúrio e Urano, Urano quebrando o pau com o Sol e Mercúrio. Mais uma pequena cruz.

Dos 7 atentados que os EUA sofreram, em vários deles o Sol, Lua ou Ascendente estavam sofrendo aflições de algum planeta mais lento (Júpiter, Saturno, Urano, Netuno e Plutão). Plutão é o campeão dos ataques, seguido por Marte e Saturno.

Os atentados anteriores

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