Constelar

Impedimentos comerciais e redução da capacidade de atuação do governo e das empresas são as conseqüências mais imediatas da crise internacional no Brasil.

Em função de um índice de 9 pontos percentuais negativos e da parada inexorável do mercado financeiro em todo o planeta, a Bovespa, Bolsa de Valores de São Paulo, fechou suas operações no dia 11 de setembro às 11:15 da manhã. O mapa retirado para o momento, nas coordenadas de São Paulo, apresenta o Ascendente em 19 graus de Sagitário, bem próximo de Plutão, que atualmente transita por este signo e encontra-se em 12 graus e 38 minutos. Poucos minutos antes, o Ascendente estava em conjunção exata com este planeta, que simboliza, entre seus atributos principais, o poder de transações econômicas em grande escala. Júpiter, o regente do Ascendente do mapa tirado para aquele horário, está em Câncer e recebe uma quadratura de Mercúrio, ao mesmo tempo em que envia um quincunce a Plutão. A quadratura do regente do Ascendente com Mercúrio relaciona-se ao impedimento das transações comerciais. O quincunce figura como a interrupção do fluxo normal das negociações visando a um ajuste e a uma forma alternativa de lidar com a tão súbita alteração de expectativas. Indiretamente os eventos recentes têm efeitos sobre tudo o que se relaciona com o mercado imobiliário. É uma analogia com a posição de Júpiter em Câncer, signo da família e das habitações. Se a Caixa Econômica Federal suspendeu o financiamento da casa própria num momento anterior à tragédia, isso tende a ser reforçado nos próximos meses.

Neste mapa do fechamento da Bovespa, temos Saturno e Plutão fazendo quadratura com o Sol do mapa radical do Brasil. Este trânsito prenuncia uma forte pressão sobre o poder central do país e tende a repercutir numa redução da capacidade de ação do governo e do poder econômico brasileiro nos próximos 6 meses. O mesmo pode ser dito do mercado de trabalho, numa alusão à posição do Sol radical do Brasil em Virgem.

A quadratura de Plutão ao Sol radical do Brasil já foi analisada algumas vezes em artigos de números anteriores de Constelar, inclusive em paralelo à progressão da Lua em quadratura com o Plutão radical do Brasil. Os artigos, um de abril de 2001, que trata dos eventos trágicos envolvendo a Petrobras, e outro, de novembro de 2000, sobre os ciclos de 2000 e 2001 para o presidente Fernando Henrique Cardoso, previam crises no sistema financeiro do Brasil no final de 2001. Cogitamos também a possibilidade de crise na Caixa Econômica, bem como em outras instituições financeiras. Aqui transcrevemos um trecho do artigo de Constelar número 29:

Verificando o mapa astrológico do Brasil e seus trânsitos, vemos que Plutão (em trânsito), símbolo de grandes transformações e negociações financeiras envolvendo patrimônio público, entra em quadratura com o Sol radical a partir de dezembro de 2000. O aspecto vai até junho, quando termina o movimento retrógrado de Plutão. Esta quadratura é retomada em outubro de 2001, no movimento direto, estendendo-se até dezembro. Os últimos meses de 2001 coincidem com a Lua progredida (progressão secundária) em quadratura com Plutão radical do mapa do Brasil. Eis um trecho do livro Progressão Lunar e Kabbalah sobre esta quadratura e uma transposição interpretativa do individual para o coletivo:

No mapa de um país, a quadratura da Lua progredida com Plutão atinge principalmente:

a) Estabelecimentos financeiros;
b) Taxas públicas e impostos;
c) Companhias de crédito (estilo Fininvest);
d) Funerárias, cemitérios, metrôs;
e) As minerações e atividades desenvolvidas a partir do subsolo;
f) Projetos de saneamento;
g) Tudo o que possa ser relacionado com o conceito de reciclagem.

Sendo uma quadratura, falamos, portanto, de um bloqueio supercompensado ou da tendência à supercompensação. Se há um bloqueio sobre as atividades de instituições financeiras, uma das possibilidades é haver uma busca por alternativas para viabilizar investimentos. Outra é a quebra de algumas delas. Plutão no mapa radical está em Áries, donde se conclui que as tensões atingem os investimentos voltados para a indústria automobilística, metalurgia e até a comercialização de armas, lâminas e afins. Muitos projetos pioneiros poderão ter de esperar verbas, já que a maior parte dos investimentos tende a ser usado em causas mais urgentes.

A Lua deste mapa faz uma quadratura com Plutão radical, o que também simboliza um impedimento momentâneo no transcorrer da vida financeira do Brasil. Plutão do mapa radical está na casa 2.

A esta transcrição devemos acrescentar que no período previsto naquele artigo (agora):

a) A Caixa Econômica já realiza seu plano de demissão voluntária e a suspensão do financiamento da casa própria. Isso prefigura uma crise cuja origem é múltipla e tem ligações com os esforços do Banco Central em manter a economia estável ante a avalanche de mudanças e crises globais.
b) As sobretaxas e impedimentos de uso pleno da energia elétrica estão atuantes. Plutão rege as taxas e impostos públicos.
c) Conforme diz o artigo ("impedimento momentâneo na vida financeira"), ocorreu em 11 de setembro um verdadeiro choque nas operações financeiras que tende a ser sentido na economia brasileira durante alguns meses, na melhor das hipóteses.

Ao centro, o mapa da Independência do Brasil; no círculo intermediário, o mapa do atentado ao World Trade Center; externamente, planetas progressões de 2001 sobre o mapa do Brasil. O Sol progredido está em oposição ao Sol natal; Plutão em trânsito forma quadratura.

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