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RETROSPECTIVA 2006

Sem avião e sem calcinha

Fernando Fernandes

O Brasil sem avião

Além de viver o clima do mapa do ingresso solar de 2006 calculado para Brasília, cujo Ascendente encontra-se no signo de Leão, o Brasil passou a ser regido também, a partir de 7 de setembro, por uma carta de revolução solar (ou retorno solar), válida para o período 2006-2007. Esta carta - cujo Ascendente também está em Leão - mostra Saturno e Netuno em posição angular, correndo ao longo do eixo Ascendente-Descendente, e ambos em quadratura com Júpiter na casa 3. Trata-se, portanto, dos mesmos ingredientes do mapa do ingresso solar, mas sob uma configuração ainda mais potente (a quadratura T angular).

A casa 3, onde se encontra Júpiter, é associada aos meios de transportes e aos deslocamentos. Netuno oposto ao Ascendente indica confusão e situações caóticas. Saturno no Ascendente pode ser considerado um fator de travamento. Como Saturno nesta carta rege as casas 6 (trabalhadores assalariados) e 7 (situações de negociação ou de conflito), e como Saturno se encontra em mau estado cósmico (exilado e tensamente aspectado), trata-se de um ano em que não seria impossível que tivéssemos o país parado por causa de conflitos envolvendo trabalhadores assalariados na área de transporte. Controladores de vôo, assim como pilotos e tripulantes de aeronaves, enquadram-se perfeitamente nesta descrição, certo? Mas por que não tivemos (ao menos por enquanto) problemas com caminhoneiros, estivadores, maquinistas de trem e outros profissionais igualmente voltados para o transporte de massa? Aí é preciso agregar mais um elemento a nossa análise: os trânsitos sobre o mapa do Grito do Ipiranga. E é preciso lembrar também que o apagão aéreo do país não começou com o overbooking da Tam na semana do Natal de 2006, nem com a "greve branca" dos controladores de vôo, em novembro, e muito menos com a tragédia do acidente com o avião da Gol, no dia 29 de setembro. Como as crises vem-se sucedendo praticamente sem trégua, muita gente já esqueceu que o primeiro sinal de que algo não andava bem nos céus do país foi a quase falência da Varig, em meados do ano.

Brasil, Revolução Solar 2006. Observar a quadratura T entre Júpiter, Saturno
e Netuno (marcados em azul) e a oposição do Sol na casa 1 a Lua e Urano na 7.
A Revolução Solar do Brasil em 2006 coincidiu com um eclipse lunar.

A crise da Varig não é um fenômeno de 2006, já que se arrastava há pelo menos um ano e meio. Contudo, ao longo do segundo trimestre de 2006 ela passou a afetar passageiros e funcionários de forma cada vez mais intensa: foi a fase crítica dos vôos cancelados, dos salários em constante atraso, das ameaças de demissão. A Varig parecia agonizar. Junho e julho foram os meses do auge da crise, até que a Varig foi vendida em leilão, em 20 de julho, para o grupo VarigLog, que pouco a pouco regularizou (?) as operações da empresa.

Para entender os significadores astrológicos deste primeiro momento de caos nos aeroportos, vejamos os trânsitos de junho e julho sobre o mapa do Brasil:

a) Urano, regente moderno do Ascendente do país e também um significador da aviação, estava na casa 1 e em oposição exata ao Sol brasileiro em Virgem;

b) Júpiter em Escorpião na casa 9 do Brasil (transportes de longa distância) ativava a oposição Marte-Saturno;

c) Netuno e Saturno em trânsito ativavam Vênus na carta natal do Brasil, regente da casa 9 (novamente transportes de longa distância) e também da casa 4 (relacionada à família, ao lar e ao povo comum, em contraposição aos governantes).

O trânsito de Urano sinaliza que a crise atingiria a aviação, em vez dos transportes terrestres ou marítimos; o trânsito de Júpiter magnifica os impedimentos crônicos indicados pela presença da oposição Saturno-Marte (os dois "maléficos" da Astrologia Tradicional) no eixo dos transportes do país; e Netuno-Saturno ativando Vênus em Leão mostra problemas capazes de afetar as pessoas em algumas situações prazerosas (Vênus) relacionadas ao transporte (casa 9) e à família (casa 4).

Os piores momentos da crise aérea atingiram os brasileiros nas férias de julho, mês em que a Varig deixou milhares de passageiros a ver navios; e nos feriadões de novembro e do Natal, quando novamente milhares de pessoas foram prejudicadas em suas viagens de lazer e impedidas de reencontrar entes queridos.

O componente venusiano pode ser observado claramente nas entrevistas com passageiros amontoados em aeroportos nas crises da Varig e da Tam: na maioria, não são pessoas que estejam viajando por obrigação, mas sim passageiros frustrados porque foram impedidos de realizar um desejo. Aqui e ali apareciam os casos realmente sérios - o menino que perdeu a chance de fazer um transplante, o empresário que não conseguiu fechar um negócio - mas as cenas mais comuns foram situações como a histeria do casal paulista que não conseguiu chegar às praias em Maceió, ou a irritação do noivo que, em vez cair nos braços da noiva, em Fortaleza, teve de ajeitar-se sozinho num banco duro de algum aeroporto do Sudeste.

No passado recente, eram multidões nas ruas pedindo "Diretas Já" ou protestando contra Fernando Collor. No final de 2006, o melhor lugar para ver multidões no Brasil era no balcão das companhias aéreas.

E aí chegamos a um ponto realmente importante: no auge do apagão aéreo, em novembro e dezembro, Júpiter cruzava o Meio do Céu e invadia a casa 10 do Brasil, colocando um foco definido na elite dirigente e nas classes mais abastadas - nos que podem pagar passagens aéreas, enfim. Com poucas exceções, as vítimas da crise no setor aéreo vieram da classe média alta e dos grupos no topo da pirâmide social. Gente com a cara de Júpiter, diga-se de passagem. Além do mais, cabe lembrar que no mapa do país o Sol também indica seus dirigentes, seus grupos mais importantes, o que reforça o quadro de uma crise que atinge em cheio as elites e o governo (Urano oposto ao Sol).

Só para completar: a última revolução solar do país coincidiu com um eclipse da Lua. Um eclipse é exatamente um apagão. Um eclipse lunar envolvendo Urano pode ser traduzido, assim, como a possibilidade de um apagão em assuntos uranianos - não é preciso lembrar que Urano é o regente moderno de Aquário e significador de aeronaves!

E quanto às trapalhadas do governo? Se bem que já criticada desde a crise da Varig, a incompetência do Poder Executivo ficou patente especialmente a partir da "greve branca" dos controladores de vôo, no feriadão de 2 de novembro. Passava-se a impressão de que ninguém se entendia. Impressão correta, aliás: Mercúrio retrógrado (um sinal de mal-entendidos) acabara de cruzar o Meio do Céu do país (o Executivo) para voltar à casa 9 (das viagens longas).

Fosse outro o país, tal conjugação de fatores astrológicos talvez não tivesse tradução tão superlativa. Mas no mercuriano Brasil, de Sacis e Macunaímas, o desaparecimento simultâneo dos aviões (Aquário no Ascendente) e das calcinhas (Escorpião no Meio do Céu) foi apenas um episódio de uma crise mais extensa, mais profunda e que ninguém sabe ao certo quando terminará.

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