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UMA COMPREENSÃO ASTROLÓGICA DA CRISE DA AMÉRICA
"With Love, WTC"

João Acuio
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Superman é sagitariano

Devemos lembrar que os EUA valorizam como auto-imagem seu ascendente Sagitário. Portanto, detestam limitações humanas. O voador Superman, com seus poderes sobre-humanos, é a personificação de uma das faces do Centauro. Na carta astral do Homem de Aço, não há a realidade de Saturno ou de Plutão. Ele é imortal e, por isso, não reconhece a passagem do tempo. Já Batman, sua antítese, é Escorpião-Capricórnio. A batcaverna esconde-se na casa doze da carta americana, lugar que deve guardar reservas de kriptonita.

Na tese Batman - O Cavaleiro das Trevas do Zodíaco procurei mostrar que os EUA teimam em descaracterizar o Homem Morcego porque ele é a personificação da dor transformada em vingador.

Batman é mortal. Não é raro ele voltar ferido para a batcaverna precisando da ajuda de enfermeiro do virginiano Alfred. Batman é um herói que em sua constituição admite a existência da perda e da dor. O verdadeiro Cavaleiro das Trevas é praticamente um depressivo.

Superman surgiu em junho de 1938. Portanto, no eixo Gêmeos-Sagitário, no eixo da auto-imagem da carta americana. Batman surgiu em maio de 1939, portanto, no eixo Touro-Escorpião. No eixo 6-12 dos Estados Unidos, a da saúde e dos inimigos ocultos. A quadratura Saturno-Plutão também estava lá no céu quando Batman veio à luz. Quem não reconhece a dimensão que Saturno e Plutão representam, corre o risco de ser atacado por eles.

Marte ataca!

Mesmo que os EUA tivessem uma política exterior exemplar, ainda sim sofreriam fortes oposições, porque os seus valores culturais menosprezam a força do masculino. E Marte, quando é menosprezado, ataca. Estes acontecimentos chamam a atenção dos americanos para o modo de lidar com esta faceta do masculino: a do guerreiro.

Deixe eu me fazer entender. A cultura americana está baseada no alicerce da democracia: liberdade. Um valor Sagitário-Aquário por excelência. A liberdade é tanta que chegou, com o apoio tecnológico, a condições somente imagináveis em filmes de ficção científica. Mas acontece que ela chegou a atingir a nossa carne.

Na sociedade do individualismo, o consumo e a busca do prazer tornaram-se verdadeiros totens. Este é um tipo de fundamentalismo: sua igreja é a Liberdade e seu livro sagrado é o Prazer. Ou, em termos econômicos, sua igreja é o Mercado Livre e seu livro sagrado é o Lucro.

Na cultura da liberdade, podemos, inclusive, mudar de sexo. Isso significa que podemos romper com o primeiro sinal do destino: a anatomia. Sem falar que o homem não é mais necessário para a perpetuação da espécie. Os bancos de esperma estão cheios, e o clone humano já é uma realidade. Podemos concluir, portanto, que o homem foi perdendo valor dentro desse ideário.

A mulher também, mas com uma diferença: cada vez mais se valoriza socialmente a presença da mulher dentro da máquina produtiva. A mídia dá destaque às conquistas da mulher. Isso é valorizado, apesar de ainda não estarem à frente das grandes corporações.

Marte veio perdendo força cada vez mais dentro da cultura americana. Neste caso, aquela história de que Câncer (os EUA são Sol em Câncer) faz de tudo para tirar a potência do homem faz todo o sentido. E quem sabe a guerra não é uma maneira de restituir o valor do homem na cultura americana?

Quem sabe a guerra não é uma maneira de restituir o valor do homem na cultura americana?

(George W. Bush visto por Carlos Hollanda)

MISHIMA E HOMER SIMPSON NO MESMO CLUBE DA LUTA

Independência ou Harakiri

Batman teve um mestre: Mishima.

Certo dia de novembro de 1970, as dependências do Quartel das Forças Armadas de Tóquio foram invadidas por um grupo que tinha como líder um homem aparentando quarenta anos. Após dominar o comandante do quartel, leu para a tropa que se encontrava no local uma proclamação onde denunciava violentamente a ocidentalização, principal motivo, segundo ele, da decadência dos códigos de honra tradicionais do Japão.

Após a leitura, cometeu o gesto supremo da classe samurai: o harakiri. O líder do grupo invasor era o escritor Yukio Mishima.

Mishima nasceu em Tóquio, de família samurai, em 14 de janeiro de 1925. Formou-se em Direito e tornou-se um escritor de sucesso. Escreveu mais de doze romances, além de centenas de narrativas curtas e peças para o teatro Nô e Kabuki. Foi ator num filme de gângsters e gravou discos. Enfim, virou uma celebridade, inclusive nos EUA, quando esteve por lá.

Em seus romances focalizou principalmente a dissolução dos costumes tradicionais no Japão pós-guerra. Era um homem que refletia o que vivia. Com o seu suicídio, declarou guerra sozinho ao exército japonês e à cultura americana.

Ao ver o mapa do escritor de Sol e Aço, vemos a forte presença de Capricórnio, o signo da hierarquia e do culto a tradições. Como também Marte em Áries, o Guerreiro, em domicílio. Mishima era praticante de karatê e quinto dan em Kendô, a arte da espada samurai. Além de cultuar o corpo com halteres.

Ao casar o mapa dele com o dos EUA, teremos Plutão sobre o Sol dos EUA, e o Sol do samurai sobre Plutão americano. E também a oposição entre os Juízes, um em Câncer, outro em Capricórnio. Provavelmente, se Mishima tivesse um exército em suas mãos, declararia guerra aos EUA. De certa forma, fez isso com o seu gesto supremo.

Família Simpson: cerveja com rosquinhas


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