| As horas finais e o suicídio Do Suplemento Cultura, do O Estado de S. Paulo, 
              de 11.04.1983: 
              
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                      | No final da 
                        vida, o velho e cansado Getúlio concede poderes 
                        excessivos ao chefe de sua guarda pessoal, tenente Gregório 
                        Fortunato, o Anjo Negro. Gregório, extrapolando 
                        suas obrigações, contrata o atentado da 
                        Rua Toneleros contra Carlos Lacerda. O incidente precipita 
                        toda a crise final. |  a) "Em meados de 1953, Carlos Lacerda iniciara 
                    uma campanha de denúncia, usando como instrumentos 
                    a Câmara dos Deputados e o seu jornal Tribuna da 
                    Imprensa, contra a corrupção que se alastrava, 
                    impune, pelo governo federal. Tornou-se, desta forma, um dos 
                    mais incômodos adversários do governo constitucional 
                    de Getúlio Vargas. Fez-se também o alvo principal 
                    do tenente Gregório Fortunato, chefe da guarda pessoal 
                    de Getúlio Vargas. Gregório via na eliminação 
                    física de Lacerda a solução para a crise 
                    que perturbava a estabilidade do governo de seu chefe (...) Finalmente, na madrugada de 5 de agosto de 1954 
                    (...) Carlos Lacerda voltava de uma conferência no Colégio 
                    São José, em companhia de um filho então 
                    com 15 anos e do major-aviador Rubens Florentino Vaz, no carro 
                    deste. Em frente do edifício onde morava Lacerda, na 
                    rua Toneleros , desceram os três, para despedidas. Do 
                    outro lado da rua, Alcino e Climério começaram 
                    a atirar. Lacerda, protegendo o filho menor, refugiou-se na 
                    garagem do edifício, ferido no pé. O major Vaz, 
                    por sua vez, enfrentou um dos atacantes (...) mas recebeu 
                    dois tiros fatais. (...) a evolução e o agravamento 
                    da crise que se seguiu ao atentado da rua Toneleros e que 
                    culminou com o suicídio de Getúlio Vargas a 
                    24 de agosto." b) Declaração de Getúlio 
                    Vargas, anotada por sua filha Alzira, durante reunião 
                    ministerial de 23.08.1954: "Já que o ministério 
                    não chegou a uma conclusão, eu vou decidir. 
                    Determino que os ministros militares mantenham a ordem pública. 
                    Se a ordem for mantida entrarei com um pedido de licença. 
                    Em caso contrário os revoltosos encontrarão 
                    aqui o meu cadáver." c) Carta de João Neves da Fontoura a 
                    Luís Vergara: "(...) Bejo [*], 
                    mais ou menos às 7h1/2 da manhã foi convocado 
                    para ir depor no Galeão (...) Bejo entendeu que devia 
                    comunicar esse fato ao Getúlio e subiu ao quarto dele 
                    e o acordou. (...) Zenóbio declarara que os generais 
                    aceitaram a solução da licença e que 
                    esta era definitiva, pois Getúlio não voltaria 
                    à presidência. De novo considerou Bejo dever 
                    comunicar ao presidente (...) Getúlio raciocinou: 'Então 
                    estou deposto'. Bejo respondeu que era o fim. Getúlio 
                    disse a ele que descesse para tirar as coisas bem a limpo. 
                    Bejo desceu, e quando chegou embaixo Getúlio se suicidara. 
                    Estes são os fatos perfeitamente averiguados." [*] Bejo - Apelido de 
                    Benjamin Vargas, irmão de Getúlio. |  Quanto ao horário do suicídio há 
              divergências, mas é possível que tenha ocorrido 
              pouco antes das 8 horas. Sobre esse horário, ver nota no 
              final deste estudo, incluída posteriormente ao curso da Unesp. Atentado da Rua Toneleros 05.08.1954 (madrugada) - Atentado contra Carlos 
              Lacerda. Morre o Major Rubens Vaz. Início da crise militar. Trânsitos e Retorno 
              do Ascendente anterior 
              
                |  |  
                | Fig.24 - Trânsitos e Retorno do Ascendente 
                  anterior - 4.8.1954, 6h31 - Rio de Janeiro, RJ - 22s54, 43w12. |  Netuno, regendo a 8, está na cúspide 
              da 3, em quadratura com Mercúrio e Urano na 12. Mercúrio, 
              planeta da 8 da carta básica, é significador de morte 
              para Getúlio e de jornalismo, de forma geral. A 3 também 
              é associada a escritos. Urano, regente da 7, representa os 
              inimigos declarados, e a casa 12, o que é tramado. Na 12, 
              além de Mercúrio e Urano, encontra-se Júpiter, 
              a 16°06' de Câncer, em quadratura com Mercúrio 
              radical. Os planetas da 12 enquadram Marte radical. Nessa figura, 
              Vênus, regente da 3, está em quadratura com Marte na 
              5 (8 da 10).  
               
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                | Carlos Lacerda, o 
                  jornalista que liderou a campanha antivargas. |  O Sol, o coração, o componente político, 
              pessoal, central, está no Ascendente. Próximo desse 
              ponto encontra-se Plutão, regente da 4, o fim. A casa 4 também 
              representa o elemento que protege, ou que procura proteger, o Gregório 
              Fortunato. Plutão, a 24°15' de Leão, forma quadratura 
              com a Lua radical, no Meio-Céu, regente da 12. A Lua, por 
              sua vez, está em oposição a Mercúrio 
              radical, na 8. Direções Simbólicas 
              (arco a acrescentar: 72°18') O grande agrupamento existente na carta básica, 
              do Sol a Júpiter, mais esse valor, passa a ocupar totalmente 
              a 12. O Sol fica na cúspide dessa casa e Júpiter-Plutão 
              junto do Ascendente. Urano, regente da 7, mais esse ângulo, 
              vai para 27°10' de Escorpião, opondo-se ao Meio-Céu 
              e a Plutão. Retorno Solar para 1954 
              
                |  |  
                | Fig. 25 - Getulio Vargas - Revolução 
                  Solar de 1954 - 20.4.1954, 0h48 - Rio de Janeiro, RJ - 22s54, 
                  43w12. |  O Ascendente está na 7 da carta básica, 
              casa dos confrontos e dos inimigos declarados. Nessa casa, na Revolução 
              Solar, está Plutão, significador geral da morte, opondo-se 
              ao Ascendente da Revolução Solar, em quadratura com 
              Vênus e com a Lua. O Ascendente da Revolução 
              Solar também está em quadratura com a importante oposição 
              Lua-Vênus. No conjunto estão envolvidos os quatro signos 
              fixos, por quadraturas e oposições de significadores 
              de poder, trama, enganos, política, corpo físico, 
              aeronáutica (Aquário), transformações 
              e morte. A Cruz Fixa, correlacionada com crucifixo, está 
              bastante valorizada nessa figura. Nesse ano, Getúlio poderia 
              ser crucificado, conforme esses significadores astrológicos. 
              A Lua está em queda, próxima do Meio-Céu, em 
              Escorpião. A Lua e Saturno enquadram o Meio-Céu. Urano, 
              regente do Ascendente da Revolução Solar, e o Nodo 
              Descendente estão na cúspide da 6, em quadratura com 
              Netuno, na 9. Mercúrio, regente da 8, está na cúspide 
              da 3, casa que pode ser associada ao jornalista e à carta-testamento 
              deixada por Vargas. Direções na 
              Revolução Solar (arco a acrescentar: 103°) Quando houve o atentado e morte na rua Toneleros, 
              o Sol havia percorrido em torno de 103° desde sua posição 
              inicial na Revolução Solar. Marte, mais esse ângulo, 
              passa para 15°36' de Áries, na 3, em conjunção 
              com Mercúrio radical, associando morte (8), tiros (Marte) 
              e emboscada (12). Netuno vai para 7°34' de Aquário. Vinha 
              formando quadratura com Saturno, regente da 12 e da 6 da carta básica. 
              Saturno passa para 19°33' de Aquário, em quadratura com 
              Vênus e com a Lua. O Meio-Céu, mais esse valor, passa 
              para 27°15' de Aquário, em quadratura com o Meio-Céu 
              e com Plutão da carta básica. Retorno Lunar anterior 
              
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                | Fig.26 - Getulio Vargas - Retorno Lunar anterior 
                  ao atentado da Toneleros. 24.7.1954, 13h51. Rio de Janeiro, 
                  RJ - 22s54, 43w12. |  O Ascendente dessa figura está na 4 da carta 
              básica. Na 1 está Marte. Plutão está 
              próximo do Meio-Céu, em quadratura com a Lua na 6. 
              Na 8, em Câncer, estão Mercúrio (morte, jornalista), 
              Júpiter (regente do Ascendente do Retorno Lunar) e Urano 
              (inimigos). Todos enquadrando Marte radical (militares). Urano, 
              que também significa imprevisto, rege a 3 (jornalismo), onde 
              se encontra o signo de Aquário (aeronáutica). Direções no 
              Retorno Lunar (arco a acrescentar: aproximadamente 150°) Na madrugada do dia 5, a Lua, regente da 8, havia 
              percorrido em torno de 150° desde sua posição 
              inicial. Transitava perto de Netuno do Retorno Lunar, regente da 
              8 da carta básica e da 4 do Retorno Lunar. Na carta básica, 
              a Lua é regente da 12. Plutão, mais 150°, fica 
              em oposição a Urano. Urano mais esse ângulo 
              fica junto de Marte no Retorno Lunar. Marte, mais 150°, fica 
              próximo da Lua. O suicídio 
             
              
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