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 Edição 85 :: Julho/2005 :: -

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EM CIMA DOS FATOS

Duplo T bombardeia Londres

Carlos Hollanda

O mapa do atentado que matou mais de 30 e feriu centenas em Londres faz lembrar o mito grego do monstro marinho Cetus, capaz de devorar uma cidade inteira. Para apaziguá-lo, era preciso sacrificar Andrômeda. E agora? O que a Europa terá de sacrificar?

Às 08h49 (horário local) em Londres, pouco tempo depois de marcada a reunião do G8, grupo dos oito países economicamente mais poderosos do planeta na atualidade, ocorreram algumas explosões que afetaram o metrô e um ônibus (pelo menos é o que se tem notícia até antes de meio-dia). O acontecimento provocou verdadeiro caos no trânsito da capital britânica, criando não apenas empecilhos sérios ao cotidiano de trabalho da população, como também a imediata associação a grupos terroristas e alguns pronunciamentos de Tony Blair e também de seu "parceiro" George Bush. A rede Al Qaeda, há poucas horas, enviou uma nota assumindo a autoria do atentado.

Falando em cima do fato, o mapa do momento registra simultaneamente duas quadraturas "T", envolvendo nada menos que, uma, Sol, Marte e Júpiter, e outra, Mercúrio/Vênus (em conjunção), Netuno e o Meio do Céu. De imediato verifica-se a presença marcante do Marte sob aspectação crítica, apesar de seu trígono com Plutão e com Mercúrio/Vênus. Esse mesmo Marte, muito potente, em signo de domicílio (Áries), opõe-se a Júpiter, que está já entrando na terceira casa do mapa. Esta casa é, num tema mundano, associada também ao trânsito, isto é, às vias urbanas e à movimentação dentro de uma cidade. Júpiter, tanto quanto Marte, em quadratura com o Sol (conjunto a duas estrelas de primeira magnitude: Sirius e Canopus) é também um significador de transportes de massa, como ônibus e trens.

Primeira explosão do atentado terrorista - 7.7.2005, 8h49, +01:00 - Londres, 51n30, 00w10.

O curioso aqui é que pouca coisa se fala, na literatura astrológica a respeito de aspectos e configurações, sobre o envolvimento de Júpiter em ocorrências ou tendências críticas como a que permeia esse atentado. Marte e Júpiter, quando em aspectação tensa, em geral coincidem com eventos violentos, na maior parte dos casos em função de exaltação de alguns indivíduos em meio a grupos relativamente grandes de pessoas. Noutros casos, como em competições esportivas, há a possibilidade de confrontação, como se houvesse uma espécie de cruzada, num fanatismo um tanto agressivo que pode alastrar-se sem muita dificuldade com uma primeira fagulha. Marte versus Júpiter é uma representação muito curiosa de uma ruptura provocada nos rituais sociais, nos cerimoniais, por elementos discordantes que, por um motivo ou por outro atuam independentemente (ou apenas aparentemente assim). Explosões em ônibus e metrô são a cara desse aspecto. E o Sol sob Sirius e Canopus (ambas estrelas de "brilho fulgurante", sendo a primeira uma que está intimamente associada a essa noção de fulgor, coisa que pode ligar a atos beligerantes e incendiários - vide o Sol de George W. Bush) é um grande potencializador do aspecto.

O monstro devorador de gente

Outra estrela bastante envolvida em situações do tipo é Menkar, conjunta ao Meio do Céu do evento. A estrela situa-se, para alguns, no pescoço do Cetus (o "monstro marinho", denominação muito mais apropriada do que "baleia", dada a origem mítica do mesmo), porém seu simbolismo remete muito mais à boca do "monstro devorador de gente". Este "devorador de gente" deve ser levado em conta, pois Cetus, no mito, é um monstrengo que destruiria toda uma cidade, caso não lhe fosse sacrificada Andrômeda, que, por sua vez, foi salva por Perseu, que utilizou-se de nada menos que a cabeça da Medusa, cortada por ele, para petrificar o gigantesco oponente. Daí, aliás, a natureza saturnina (pedra, petrificar) dada à constelação e à maioria de suas estrelas por Ptolomeu. Cetus está sempre associado à ruína, conforme Vivian E. Robson, mas podemos dizer que representa, para aquele que é afetado diretamente por algum evento no qual a estrela Menkar (a boca) esteja enfática, uma oponência monstruosa que pode devorar muitos, caso um sacrifício não seja realizado ou caso não surja um "defensor" que também se preste a um auto-sacrifício, enfrentando uma imagem de seus próprios temores, seus demônios interiores, tão terríveis quanto aquele a que irá enfrentar. Para vencer o Cetus, é preciso vencer, primeiro, a si mesmo, unindo a si, tal como Perseu uniu às próprias armas a cabeça do demônio (Algol, a estrela alfa de Perseu, ou, em sua tradução árabe, Ras al Ghul - "a cabeça do demônio" - em "Batman Begins", nenhuma coincidência), aquilo que é inerente ao ser humano, isto é, ver que o oponente não é tão diferente assim do "herói".

Vale lembrar que a reunião do G8 faz com que se encontrem dirigentes e representantes de vários países estrangeiros (Júpiter). A mensagem não parece tão difícil de decodificar: um recado a esses dirigentes e um sinal de que, apesar do que diz a mídia e a propaganda anglo-americana, a Al Qaeda ainda está atuante e não tão abalada quanto se quer fazer crer. A Al Qaeda, um inimigo cheio de tentáculos (isso lembra uma organização criminosa dos quadrinhos, a "Hidra", que o Capitão América adorava enfrentar) e quase invisível ao mesmo tempo em que lembra uma ação plutoniana, também tem a ver com o segundo "T", de quadraturas do momento. Ela envolve Mercúrio (transportes urbanos/comunicações), Netuno (caos, perda de referenciais) e o eixo das casas 6 e 12, onde a ida ao trabalho é imediatamente atingida e perturbada e cujo executor da "obra" é impossível de identificar. Ele está lá, mas é um "inimigo oculto" (casa 12). Pode ser que, em função da regência de Vênus sobre o Meio do Céu do evento, estando Vênus na 12, o "inimigo" ou um de seus tentáculos, estivesse observando tudo ao longe, num prédio alto da cidade. O dispositor da casa 12, que no caso é o Sol, está envolvido no primeiro "T", em Câncer, conjunto a Sirius e na casas 11 (associações, fraternidades, grupos de afinidade ideológica...). Há, ainda, uma cabeça pensante e carismática (Sol/Sirius) por trás do atentado. Se é Osama bin Laden, não dá para saber, mas uma coisa é certa: ele está bem pertinho dos londrinos.

Leia também: O inferno chega à Inglaterra, por Fernando Fernandes

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