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PRESSÁGIOS 2005

Chumbo grosso nos céus do hemisfério norte

Carlos Hollanda

 

O mundo e os conflitos

Com o mapa do ingresso solar traçado para uma latitude e longitude zero, bem como com casas iguais partindo do grau zero de Áries, temos uma configuração um tanto tensa entre Marte-Lua, entre Plutão-Vênus-Sol e entre Saturno-Júpiter-Mercúrio. São configurações que podem estar presentes em situações de conflito, quando falamos de mapas referenciais para entidades coletivas, como no caso de uma revolução solar, ou em trânsitos para os mapas radicais de países. Os planetas mais elevados em relação à posição esquemática desse mapa são justamente dois dos mais beligerantes: Marte e Plutão. O potencial para que estados de guerra entre mais de dois países se instalem parece ser realmente forte mais uma vez. Não é tão estranho assim, se pensarmos que quem está no poder na máquina norte-americana é nada menos que Butcher, the Kid (esse pseudônimo eu pego sempre emprestado de Antônio Carlos Harres - é perfeito!), isto é, Bush.

Ingresso solar em Áries de 2005 calculado para a latitude e longitude de 0° (interseção do equador com o meridiano de Greenwich).

Não bastasse isso, Marte faz uma conjunção com o Ascendente (de 2 a 10, com data exata no dia 6 - dia de Reis) e ingressa na primeira casa do mapa dos Estados Unidos, transitando ali por cerca de 2 meses. Desde então poderemos ter algumas ações beligerantes das forças estadunidenses, que, aliás, ainda contam com uma oposição de Plutão com Marte, a mesma que vem-se manifestando na continuada situação de conflito no Iraque e em outros "quase-conflitos", que irá até novembro de 2005. Aliás, a partir de junho, a situação de oponência pode se alastrar para outras localidades além do Iraque. Plutão também entrará em quadratura com Netuno radical dos EUA. Isso pode significar uma ação de estudantes, jovens, entidades filantrópicas e até organizações religiosas, que lembre um pouco a ocorrida durante a conjunção de Plutão com Netuno, em meados da década de 60, enquanto acontecia a guerra do Vietnã. Embora o poderio americano ainda seja massacrante, a opinião pública e complicações de ordem financeira (possíveis novos escândalos envolvendo grandes empresas e a figura do presidente ou de seu partido) podem chegar a refrear a política "bushista" por um certo tempo. Inclusive, a quadratura da Lua progredida para o Saturno dos Estados Unidos (que vai até abril de 2005) mostra também uma crise na cúpula governamental. O problema talvez seja maior no final do ano, quando a mesma Lua em progressão, a partir de novembro, indo até março de 2006, formar uma oposição com Plutão. A repercussão pode ser algo semelhante à de um animal acuado, que não vendo outra alternativa, sai atacando com todas as forças e cegamente.

Quanto aos aspectos de Plutão em trânsito sobre o mapa radical dos EUA, vale a pena traçar um paralelo entre o que desenvolvi para níveis mais individuais num dos cursos da Escola Astroletiva e uma situação análoga em dimensões coletivas. Eis alguns dos trechos:

Plutão em trânsito em oposição com Marte radical

Aqui o que vale é aprender como expressar a própria agressividade de uma maneira que não suscite nos outros (que podem ser muitos) reações violentas, revanchismos e atos que, em determinadas ocasiões, podemos até chamar de covardes. (...) Por não estarmos lá muito sensíveis às necessidades alheias, a tendência é atropelar quem estiver na frente de nossos objetivos mais imediatos e dos que planejamos a longo prazo. (...) estamos agindo de um modo que suscita em todos a sensação de que somos uma séria ameaça a seus status, à segurança e ao poder estabelecido.

Algumas pessoas chegam a experimentar ameaças sérias à sua integridade física por parte de forças muito maiores do que elas. Outras são coagidas, chantageadas e pressionadas por elementos que servem a poderosos.

Plutão em trânsito em quadratura com o Meio do Céu

O lado menos favorável dessa conjunção pode apresentar-se numa tendência paranóide de olhar a vida com "lentes" que parecem agigantar o lado negativo do mundo, das pessoas e das situações, vendo apenas seus aspectos mais sórdidos e sombrios. Com isso o sujeito torna-se arisco, desconfiado, defensivo e reativo, passando a atacar primeiro e em todas as direções, para evitar ser surpreendido pela retaguarda.

Tente parar um trem em movimento: é mais ou menos a mesma coisa que tentar parar quem passa por esse aspecto quando ele põe algo na cabeça. Até que essa mesma coisa não acabe com ele, é difícil alguém dobrar o que tanto pode ser uma inacreditável perseverança quanto uma bela obtusidade, obstinação cega, com vários traços de irracionalidade.

E há, ainda, a oposição de Lua progredida com Plutão, sobre a qual podemos extrair os seguintes trechos, do livro Progressão Lunar e Kabbalah:

(...) Conflitos com indivíduos dramáticos, poderosos e intensos. (...) A experiência da morte (...) ocorre externamente ao indivíduo(...) [que] parece ser forçado a presenciar grandes finais e recomeços, tanto no que diz respeito a pessoas quanto no que tange a situações que envolvam uma nação ou o planeta (...) cisões e concessões - geralmente de caráter financeiro (...) sensação de luto e dor.

Mas esses aspectos são apenas parte da história. No ingresso do Sol em Áries (em 2005, ele se dará no dia 20 de março), quando finalmente se inicia o ano astrológico, Marte e Plutão também são os planetas mais elevados para as coordenadas de Washington DC. Se lembrarmos que aquela é a capital, o centro de poder, e se virmos que a casa relacionada ao poder abriga um Marte em aspecto tenso com a Lua, começamos a juntar as peças do quebra-cabeças. Não bastasse isso, Vênus, o planeta regente do Ascendente taurino desse ingresso, encontra-se na casa 12 recebendo a violenta quadratura de Plutão. Mesmo com o trígono Vênus-Lua e o sextil Vênus-Marte, a condição tensa com Plutão reflete um potencial para crises econômicas motivadas por ações internacionais (Plutão está em Sagitário) e grande parte delas distante dos olhos da mídia (casa 12, Peixes).

Ingresso solar em Áries de 2005 calculado para as coordenadas de Washington e válido para previsões para os Estados Unidos.

Conforme foi visto anteriormente no mapa esquemático de zero de Áries e latitude/longitude zero, Mercúrio, Júpiter e Saturno estão em aspectação tensa. Levando em conta que Saturno está em um de seus signos de exílio (Câncer) podemos aventar a hipótese de uma parcela significativa de imprensa e de organizações religiosas começarem a retirar seu apoio às ações do governo. Igualmente, os que já desaprovam a política atual estadunidense tendem a unir forças capazes de minar várias articulações do poder central daquele país. A perspectiva de ataques em solo americano aqui fica um tanto visível pela oposição de Marte com a Lua na casa 4. O resultado pode ser o que Saturno-Júpiter-Mercúrio indicam a princípio: irredutibilidade em questões diplomáticas, ecológicas, industriais e territoriais. Saturno em quadratura a Júpiter (e Marte - formando quadratura T) ocorria quando a ONU e a OTAN enviaram tropas para a Bósnia, chegando a 40 mil membros. Naquele caso os EUA serviram de mediador, mas apenas depois de a Croácia, a Bósnia e a Sérvia quase destruirem-se mutuamente e após repetidos pedidos de intervenção militar internacional feitos pela Bósnia, coisa que só veio mesmo no final de 1995. E logo no início de março de 2005 teremos uma configuração bastante semelhante à do início de 95, com Júpiter, Saturno e Marte em quadratura T (desta vez, respectivamente, em Libra, Câncer e Capricórnio).

Mais adiante os EUA, que devem crescer em liderança política no mundo, podem continuar sofrendo baixas em territórios ocupados. Estamos falando do trânsito de Saturno em oposição com Plutão radical. Eis o que podemos traçar como analogia entre a interpretação de nível individual e o potencial coletivo do aspecto:

Mudanças radicais de vida. Conflito entre o antigo e o novo. Rompimentos, separações, escassez financeira. Perda de meios de garantia de sustento. Desvinculação dos recursos de terceiros.

(...) confrontos ou disputas com pessoas poderosas, possivelmente compulsivas (...). Em certos casos podem ser criados verdadeiros inimigos, com os quais mantém-se boa dose de conflito. Tais inimigos ou adversários talvez estejam altamente temerosos de perderem posições (...) A teimosia em permanecer numa situação de onde só se extrai conflito e aborrecimentos, só tende a intensificar o potencial destrutivo do período. (...) É importante fazer o que for possível para evitar gastos desnecessários como prestações e outras formas de dívidas que fiquem sangrando os recursos de que se dispõe.

E tudo isso ocorrendo no eixo das casas 2 e 8... dá o que pensar. O problema pode atingir seriamente a área econômica daquele país, o que para vários outros do Ocidente pode significar um período um tanto custoso.

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Atalhos de Constelar 79 - janeiro/2005

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