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O PRINCÍPIO FEMININO NO MAPA

Asteróides, esses desconhecidos

Divani Mogames Terçarolli

 

Mitologicamente...

Se os planetas simbolizam princípios, se entendemos que tudo o que existe no Universo tem um significado, inclusive coisas pequeninas como asteróides, então tudo é importante e faz sentido: quem os descobriu, quando foram descobertos, quais os nomes escolhidos etc.

Urano foi identificado com revolução, pois na época de sua descoberta tivemos a Revolução Francesa com seus ideais, inusitados para a época, de liberdade, igualdade e fraternidade. Netuno, descoberto em 1846, antecipou em pouco tempo o Manifesto Comunista e o advento da Psicanálise e do Espiritualismo. Plutão, descoberto em 1930, foi imediatamente associado à energia atômica com seu tremendo potencial de destruição, e ao surgimento dos primeiros conglomerados empresariais.

Os asteróides não entraram em cena tão dramaticamente como Urano. Eles foram surgindo silenciosamente, o que nos faz pensar que, em vez de revolução, eles signifiquem evolução. Pelos nomes que receberam, podemos deduzir que significam a evolução do papel feminino na sociedade. Foi precisamente a partir do século XIX, época da Revolução Industrial, da campanha pelo voto feminino etc., que a mulher começou a desempenhar papéis bem diferentes dos que lhe eram próprios até então.

Ceres, o primeiro asteróide a ser descoberto, é também o de maiores dimensões. Mesmo assim, sua aparência (direita) não é das mais estimulantes. A maioria dos asteróides tem formato irregular.

O arquétipo feminino, antes facilmente contido no simbolismo da Lua (Mãe) e de Vênus (Esposa), necessitava de novos significadores para incorporá-lo. E então, os asteróides se manifestaram...

Ceres, Pallas, Juno e Vesta eram grandes deusas: Ceres era a deusa da terra, mãe de Perséfone, a donzela que foi raptada por Plutão. Dizem que Júpiter era o pai de Perséfone (em algumas versões); Pallas era filha de Júpiter; Juno era esposa de Júpiter, mãe de Marte, e Vesta era a reverenciada irmã mais velha de Júpiter.

Da esquerda para a direita: os glifos astrológicos de Vesta, Pallas, Juno, Ceres e do planetóide Quíron, respectivamente.


Essas deusas descrevem claramente quatro aspectos da feminilidade que sempre existiram, mas aos quais não tínhamos acesso por indicadores astrológicos. Todos os assuntos ligados ao feminino foram deixados para Lua e Vênus. Assim como as mulheres hoje em dia desempenham novos papéis, os asteróides também mostram novas qualidades do princípio feminino; e não apenas nos mapas de mulheres, mas também nos masculinos. Eles mostram o efeito civilizador que o princípio feminino tem sobre o masculino. Atualmente ninguém pensa que um homem seja menos homem por trocar as fraldas de um bebê, ajudar a esposa com a louça ou chorar em público, um comportamento inconcebível alguns anos atrás, coisa de maricas.

Ceres, a Mãe Terra, e Vesta, a Sacerdotisa

Pallas, a guerreira, e Juno, a Companheira
Praticando em Madre Teresa de Calcutá e John Lennon
Praticando em Jackie Kennedy e Chico Buarque de Hollanda
Resumidamente...
Considerando os asteróides astronomicamente...
Considerando os asteróides filosoficamente...

Leia também:
Reaprender o feminino na Astrologia


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