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A CRÔNICA DOS CÉUS EM JANEIRO DE 2004

Do piloto obsceno ao rombo da Parmalat

Carlos Hollanda

 

Os trânsitos de janeiro de 2004 ajudam a entender os atritos diplomáticos entre Brasil e Estados Unidos, incluindo o dedinho fálico do piloto da American Airlines. Também mostram a crise da multinacional Parmalat e anunciam futuras loucuras de Bush, que continuará sendo o macaco na cristaleira.

Numa pequena leitura de eventos e manifestações coletivas dos últimos dias e meses, observa-se que são análogas à combinação de vários fatores em trânsito nos céus do momento. Podemos selecionar as seguintes:

a) a entrada de Urano em Peixes e a mútua recepção de Urano e Netuno (mútua recepção - um planeta no signo regido pelo outro, respectivamente, Peixes e Aquário);

b) a passagem de Saturno pelo signo de Câncer e, nos últimos dias de 2003, bem como nos 5 primeiros de 2004, a oposição do Sol em Capricórnio com Saturno.

c) a quadratura de Júpiter em Virgem com Plutão em Sagitário, que tornará a ser exata em agosto de 2004. Mesmo assim podemos entender que as características análogas a este aspecto estão em voga com uma órbita relativamente larga.

Vêm-se confirmando as afirmações que prenunciaram, em publicações e simpósios, palestras e seminários sobre Astrologia, as características da passagem de Urano em Peixes. E tais confirmações chegam, entre várias outras formas, através das discussões entre países em desenvolvimento e superpotências. Basta entender que Urano em Peixes - e, mais especificamente, em mútua recepção com Netuno - ocorre em épocas de movimentos de inversão de ordem de autoridade (o poder passando para quem antes era mais fraco, revoltas e similares). Igualmente o trânsito ocorre simultaneamente a períodos prolongados de ações organizadas de grupos sociais menos favorecidos (entenda-se "menos favorecidos em relação a") com o intuito de fazerem valer seus direitos e de reduzir a influência que os grupos dominantes têm sobre eles. Um indício das tendências anunciadas pode ser verificado na última Cúpula Extraordinária das Américas, onde o governo norte-americano percebeu ser estrategicamente mais lógico ceder às pressões dos países em desenvolvimento da América Latina. E isso a despeito do tom de ameaça do discurso de George W. Bush em direção aos governos de Cuba e Venezuela, considerados autoritários pelos Estados Unidos.

O discurso de Lula, conforme foi noticiado nos jornais brasileiros, reafirmou na Cúpula das Américas a necessidade lógica de que seja promovida a justiça social. A tendência a privilegiar-se o capital e os interesses de grupos de investidores em detrimento do desenvolvimento do poder aquisitivo, da educação, da saúde e de condições dignas de moradia é incompatível com o crescimento da economia mundial. É algo prejudicial não somente para os países em desenvolvimento, mas, sobretudo, para as potências: como haverá uma circulação maior de produtos e investimentos, que favoreceria o crescimento da economia, se na maior parte do mundo não há poder de compra? Essa percepção não é em absoluto nova, mas toma corpo e grandes dimensões agora que Urano passa por Peixes e Netuno em Aquário.

Cheguei a comentar essa tendência, típica da mútua recepção, num artigo publicado aqui em Constelar (que também foi tema de minha palestra no 5o. Simpósio Nacional de Astrologia do Sinarj, em agosto de 2003). Parte disso também está num dos artigos de Astro-Síntese, em www.aldeiaplanetaria.com.br/Astro-Sintese/Aquario.htm.

 

Saturno em Câncer seca o leite da Parmalat


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