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ASTROLOGIA MUNDIAL E PREVISÕES

Mercado excitado e um Bush muito louco.
Ou vice-versa?

Carlos Hollanda

 

Em meio ao sobe e desce de bolsas de valores, alta do dólar e campanhas para sucessão presidencial, o Brasil suporta a pressão do FMI e tenta definir seu futuro num mundo incerto, onde a política de George W. Bush está pouco se lixando para o meio ambiente, a política global e os mercados emergentes.

Uma análise envolvendo os mapas do Brasil, Estados Unidos, bolsas de valores e o do presidente Bush na conjuntura atual não reflete apenas o estado crítico em que a economia e a política se encontram em todo o planeta. Também aponta para a necessidade premente de redução da dependência brasileira ao capital norte-americano. Mas fiquem calmos: este não é um discurso de candidato em campanha. Trata-se da preocupante observação sobre a seqüência de aspectos tensos envolvendo fatores violentos no mapa da maior potência mundial. Aqui vamos tratar da descrição de tendências para os meses vindouros, tendências cujo colorido já começou a surgir aqui e acolá nas quedas violentas das bolsas em julho de 2002 e na incerteza dos mercados.

Há um lado positivo nisto tudo, embora ele não seja tão cor-de-rosa assim: com a moeda brasileira se desvalorizando, fica mais fácil para o investidor estrangeiro optar pelo mercado nacional. Da mesma forma, produtos brasileiros ficam mais baratos para o consumidor de países de moeda forte, o que dá um refresco na balança comercial. Mas isso pode ser um dado ilusório até o início de 2003. Como veremos ao longo desta matéria, a situação econômica do Brasil só terá uma estabilidade relativa em meados do ano que vem. Uma publicação que tratasse exclusivamente de finanças e de aconselhamento aos investidores certamente teria reservas em publicar esta matéria, posto que os prognósticos correm o risco de se autocumprirem se forem aceitos sem questionamentos por investidores mais influenciáveis.

O importante inicialmente é saber que qualquer investimento feito no momento deveria, em tese, prever lucros de médio a longo prazo, muito provavelmente esta segunda opção. Mesmo com os esforços do Banco Central para conter a alta do dólar e nas negociações para que o FMI injete dinheiro no país, os ciclos planetários não estão indicando um crescimento tranqüilo e facilmente previsível. Pode haver, sim, um certo crescimento, mas é preciso uma boa preparação para os sobressaltos que o governo Bush reserva ao mundo inteiro.

O desenrolar da luta pela estabilidade financeira do Brasil

Sobre o mapa da Independência do Brasil: Saturno em trânsito está em quadratura com Plutão radical (na casa 2). Num primeiro momento o aspecto ocorre de setembro ao final de novembro de 2002. Em 2003, o aspecto torna a ocorrer em função do retorno ao movimento direto de Saturno. Os meses mais críticos do aspecto serão maio e junho. O mesmo trânsito ocorreu durante o governo Geisel, em 1974, marcado por uma grave crise econômica, especialmente relacionada ao petróleo. Este trânsito, hoje, não significa uma repetição exata da conjuntura anterior nem uma crise exclusivamente ligada ao setor petrolífero. No entanto, não se pode descartar tal possibilidade, pois o aspecto aponta para restrições e dificuldades na maior parte das áreas que lidam com grandes movimentações monetárias, mineração e exploração de riquezas.

Retomando: é possível que haja em 2003 algo semelhante às crises de 74 (repito: semelhante, não idêntico) em função de algum tipo de problem envolvendo países árabes, tal qual aconteceu em 74. No setor petrolífero uma provável crise não deve ter a mesma proporção de antes, pois desde então foram criadas alternativas para a falta de combustível. Acrescente-se o fato de que a conjuntura temporal é diversa. Um olhar mais otimista veria que em 1944, quando ocorreu o mesmo aspecto, tivemos crescimento econômico, com o processo de industrialização do Brasil no governo Vargas e a injeção de capital estrangeiro. Mas, em se tratando de uma combinação de aspectos ocorrendo simultaneamente, 1944 e alguns anos anteriores foram mais promissores. Ainda assim não se pode esquecer que aquele foi o ano em que o Brasil enviou tropas à Europa para lutar na II Guerra devido a pressões dos Estados Unidos. Igualmente foi um período que coincidiu com a gradativa perda de poder do presidente.

Saturno x Mercúrio: o investidor anda mais cauteloso

Investimentos: os de baixo risco parecem ser uma alternativa mais viável para a grande maioria dos investidores. As bolsas de valores tendem a operar por mais tempo em baixa que em alta, o que logicamente pode favorecer a compra de ações de bom potencial de lucro. Contudo, é preciso pensar duas vezes antes de fazer um investimento pesado contando com grandes e duráveis altas. As bolsas e os investidores (nem dá para separar uma coisa da outra) ainda estão sujeitos a grande instabilidade, tendendo a verdadeiros altos e baixos de "humor" ainda por muitos meses de 2002 e 2003. E isso numa freqüência um tanto desconfortável para quem não quer ficar em constante estado de ansiedade. Primeiramente, a tendência conservadora do mercado (e "mercado" deriva de "Mercúrio") leva a baixos índices nas bolsas. O efeito é análogo ao "conservador" Saturno em trânsito em quadratura com o Mercúrio radical do Brasil, que acontece nos períodos julho-agosto 2002 (até dia 15) e dezembro de 2002 a maio de 2003.

Note-se que o período julho-agosto visto no mapa da Independência do Brasil coincide com as notícias de maquiagem nas contas de megaempresas norte-americanas e a queda abissal de índices como o Dow Jones e Ibovespa. A tais quedas seguem-se alguns dias de euforia em vista da corrida para a compra de ações em preço bastante acessível, mas há um componente desestabilizador em aspecto com um significador de recursos nos mapas do Brasil e dos EUA. Para o Brasil, a Lua em progressão secundária realiza dois quincunces: com Vênus e Lua radicais. O aspecto vai de julho a outubro de 2002. E todo o período coincide com a corrida presidencial, com a divulgação de pesquisas eleitorais que ora animam, ora apavoram o mercado. Falando nisso, muita água ainda vai rolar até o dia da eleição. Como veremos mais adiante ao tratarmos dos mapas dos candidatos, as pesquisas eleitorais devem alterar seus índices até outubro.

Voltando à instabilidade da economia e tornando a falar dos EUA, seu mapa mostra a conjunção de Urano em trânsito com a Lua radical em Aquário. A Lua norte-americana rege a casa 8 de seu mapa. Os recursos compartilhados são apontados como um dos principais significados da oitava casa de um mapa astrológico. No mapa de uma entidade coletiva como um país, isto é relacionado à cobrança de taxas, impostos e, é claro, ao conjunto de recursos agregados por acionistas de grandes empresas. Uma vez que a conjunção Urano-Lua é típica de uma fase de instabilidade e de humores extremos, momentos tanto de euforia quanto de depressão alternam-se fortemente em mínimo espaço de tempo. O público investidor é associado à Lua. É uma associação bastante lógica, pois, quando analisamos gráficos de variação nos índices de compra e venda de ações, vemos que durante um único mês há alterações diárias que muito se assemelham a marés (veja abaixo).

Gráfico do Índice Bovespa - extraído do site da Bovespa. As variações cíclicas dão ao gráfico um toque lunar.

A conjunção Urano-Lua no mapa dos EUA vai até novembro de 2003, devido ao movimento retrógrado de Urano, que já passou pela Lua algumas vezes desde o início de 2002. O que isto tem a ver com o Brasil? Tudo. O mercado financeiro brasileiro sofre forte influência do norte-americano. Várias empresas brasileiras são controladas por empresas como a Worldcom, por exemplo, e se o mercado de lá sofre, o daqui estrebucha. É verdade que as variações durante um único mês podem dar a impressão de que vale a pena sair correndo para vender aqui e comprar acolá, mas o mercado, que já é normalmente reativo, está com algo semelhante a um excesso de excitação nervosa.

Estados Unidos em guerra novamente?


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