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ASTROLOGIA MUNDIAL
Paquistão e Índia,
os gêmeos briguentos

Fernando Fernandes
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Poder haver uma nova guerra?

Índia e Paquistão já estiveram em guerra por diversas vezes. A primeira começou praticamente junto com a independência, em 1947, e tinha por objeto o controle da Cachemira; a segunda ocorreu em 1965: em abril daquele ano, tanques do Paquistão entraram em território indiano; em junho, a ONU intermediou um cessar-fogo, mas a guerra explodiu com toda a violência em 1º de setembro. Em janeiro de 1966 líderes dos dois países negociaram um acordo. A guerra seguinte foi em 1971, quando a Índia apoiou a independência de Bangladesh, e encerrou-se com um acordo em 1972.

Analisando trânsitos, progressões secundárias e arcos solares sobre o mapa dos dois países nestas ocasiões, o único ponto em comum que encontramos (considerando apenas aspectos maiores) foram ativações de Netuno em trânsito aos ângulos das cartas. Em 1965, Netuno cruzava o Descendente do Paquistão; em 1971, chegava ao Descendente da Índia; e, em 2001, alcançou o Meio-Céu do Paquistão. Além disso, todo o stellium em Leão dos dois países está sendo ativado pelos trânsitos de Netuno e Urano e Aquário. Para complicar, nos últimos dias de 2001 e primeiros de 2002, um perigoso aspecto paira nos céus: a quadratura de Marte a Plutão, potencializada por um eclipse lunar. Como eclipses costumam estar associados a eventos num período de seis meses a dois anos, novos aspectos tensos podem apertar o gatilho da crise.

Uma guerra na região não é inevitável, mas é bastante possível. A Índia vem emitindo sinais neste sentido desde 11 de maio de 1998, data em que realizou três testes nucleares subterrâneos que provocaram uma onda de protestos internacionais. Naquela ocasião, Urano transitava no Meio-Céu da Índia formando, exatamente, oposição a Saturno-Plutão natais. O Sol estava em conjunção com Marte bem próximo do Ascendente do Paquistão. Não é preciso dizer que o vizinho sentiu-se provocado. Nos últimos meses, Urano tem estado em oposição ao Sol natal dos dois países, favorecendo um clima propício a decisões precipitadas. O barril de pólvora mais carregado realmente não está em Cabul, mas em Islamabad e em Nova Delhi. Resta esperar que ninguém acenda o fósforo em 2002.

Os últimos testes nucleares da Índia, em 11.05.1998, tinham endereço certo: provocar o vizinho Paquistão, cujo mapa (carta interna) é fortemente afetado nos ângulos pelos planetas do teste nuclear (círculo externo).

Paquistão e a Aliança do Norte

Além do risco de conflitos com a Índia, o Paquistão ainda pode enfrentar outros problemas. Os três planetas em Aquário da chegada ao poder da Aliança do Norte afetam por oposição os cinco planetas em Leão dos mapas natais do Paquistão e da Índia. Só para dar uma idéia de como o novo governo afegão vai incomodar o Paquistão, encontramos entre os dois mapas as seguintes oposições:

· Urano-Sol
· Marte-Saturno
· Marte-Plutão
· Netuno-Mercúrio

Sem falar que o Plutão dos Estados Unidos, em Capricórnio, faz oposição à Lua do Paquistão, em Câncer. Não é por acaso que a opinião pública paquistanesa apoiou os talibãs e rejeita as posições americanas. O Paquistão deverá ser a peça-chave dos próximos desdobramentos da situação da Ásia Central. É provável que até George W. Bush já tenha descoberto isso.

Carta do Paquistão (interna) ativada pelos planetas do mapa da tomada de Cabul pela Aliança do Norte.

Usando retornos solares, progressões e um pouco mais (por Carlos Hollanda)


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