Sistemas de Divisão de Casas

TEORIA ASTROLÓGICA

Métodos de divisão de casas

Raul V. Martinez

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Breve perfil do Sistema Topocêntrico de casas

The Astrological Journal, Vol. V, n° 4 - Autumn 1963

por Wendel Polich e A. P. Nelson Page (*)
Tradução de Marcello Borges

(*) do arquivo Marcello Borges:
A. P. Nelson Page, 25.02.1919, 11:28:44 am GMT, Londres, Inglaterra

(...)
TOPOCENTRO
O lugar geográfico de nascimento é, para o nativo, o centro de seu universo. Este ponto gira em torno do eixo terrestre sobre seu paralelo com um raio de rotação menor que o do Equador (r1 = cos f, fig.1). Este fato dá à posição topocêntrica um valor imensamente importante do ponto de vista astrofísico em virtude do momento de força permanente e inalterável a ele inerente e exclusivo do lugar geográfico de nascimento.

O momento de força, como produto vetorial do vetor posição do ponto de aplicação de uma força, pelo vetor força, não tem sido utilizado em astrologia, nem foi utilizado, além dessa citação dos autores, neste texto do The Astrological Journal. Todo local e instante de nascimento possuem características únicas, por suas coordenadas geográficas (terrestres, fixas) e por suas relações com pontos da esfera celeste - que se alteram a cada instante, no transcorrer do tempo.

Para o observador situado nesse ponto, ele é o centro de seu universo; ou, em termos matemáticos, é o ponto zero de um sistema de coordenadas locais. Aos olhos do observador, todo o firmamento parece girar ao seu redor, em torno de um eixo imaginário que passa por aquele ponto geográfico, paralelo ao eixo da Terra.

O ponto "G", origem de sistema local de coordenadas, quando se considera a esfera celeste, passa a coincidir com seu centro "C" - essas letras, "C" e "G" estão na figura 1.

Damos a esse eixo o nome de eixo "local" ou "topocêntrico" (fig. 1). Não só o céu como a própria Terra com seu eixo, bem como os planos do Primeiro Vertical, o Meridiano e o Horizonte, parecem girar à volta do observador. No Sistema Topocêntrico, esses três planos têm importância fundamental pois cruzam-se exatamente no ponto geográfico ("G", fig. 1) unindo as influências astrais ao nativo.

Tudo indica que quem "une as influências astrais" à Terra seja a eclíptica - ver texto sobre O Elipsóide Focal no Número 33 de Constelar, de março de 2001.

Figura 1

O PÓLO TOPOCÊNTRICO

Para expressar matematicamente o ângulo de influência de uma estrela, devemos usar o ângulo de sua incidência e chamá-lo de Pólo Topocêntrico, pois o pólo coincide exatamente com o ângulo. Isso não acontece em nenhum outro Sistema de Casas.

Os conceitos de "ângulo de incidência" e de "pólo topocêntrico", os autores fornecem adiante.

Para compreender seu significado exato, o leitor deve se imaginar no ponto geográfico "G" no local da interseção dos três planos. Desses, o Primeiro Vertical é o plano que passa pelos dois centros: o topocêntrico "G" e o geocêntrico "C". A reta que une os dois centros é a "Vertical"(G-C), cujo prolongamento assinala no céu o ponto Zênite (Z).

O leitor deve apontar seus olhos para alguma estrela e imaginar uma linha reta entre ele e essa estrela, ligando-a a ele. Essa será a linha de incidência dessa estrela: a linha temporal da estrela. Cada estrela envia seus raios para o nativo diretamente, em linha reta.

A "linha de incidência da estrela" ou "linha temporal da estrela", aqui, é a reta que une a estrela ao nativo, em seu local de nascimento. Na esfera celeste, como esse local está no centro da esfera, essa linha de incidência ou linha temporal da estrela, astronomicamente, é a reta que a une ao centro da Terra.

Esfera topocêntrica e esfera geocêntrica

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