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ENCONTRO ASTROLÓGICO DE BELO HORIZONTE
A cúpula dos deuses
Luciana Rothberg

Neste artigo, que resume a palestra ministrada no 2º Ciclo de Palestras do SINDASTRO/MG - "Astrologia e o terceiro milênio" - realizado em maio de 2000, a presidente do Sindicato dos Astrólogos de Minas Gerais faz uma abordagem histórica do ciclo de conjunções Júpiter-Saturno nos últimos três séculos e analisa a função dos grandes alinhamentos planetários.

Um alinhamento dos sete planetas visíveis da Astrologia só é possível quando os dois maiores planetas, Júpiter e Saturno, que são também os mais lentos, encontram-se, o que acontece uma vez a cada 20 anos, aproximadamente.

Esse encontro se dá dentro de uma "dança", que percorre os signos de uma forma pré-definida, na ordem inversa da triplicidade (por exemplo: Sagitário-Leão-Áries ou Capricórnio-Virgem- Touro), como demonstramos a seguir:

CICLO DE JÚPITER E SATURNO (conjunções de 1702 a 2100)
Em vermelho: signos de Fogo; em verde: signos de Terra; em azul: signos de Ar

 

21/05/1702 - 6º Áries
01/01/1723 - 22º Sagitário
31/08/1742 - 27º Leão
18/03/1762 - 12º Áries
05/11/1782 - 28º Sagitário

18/07/1802 - 5º Virgem
19/06/1821 - 24º Áries
26/01/1842 - 8º Capricórnio
21/10/1861 - 18º Virgem
18/04/1881 - 1º Touro
28/11/1901 - 13º Capricórnio
10/09/1921 - 26º Virgem
08/08/1940 - 14º Touro
19/02/1961 - 25º Capricórnio
31/12/1981 - 9º Libra
28/05/2000 - 22º Touro

21/12/2020 - 0º Aquário
31/10/2040 - 17º Libra
07/04/2060 - 0º Gêmeos
15/03/2080 - 11º Aquário
19/09/2100 - 25º Libra

NOTA: os sete planetas visíveis são os luminares Sol e Lua (chamados aqui de "planetas" num nível simbólico e não astronômico, obviamente), os planetas pessoais: Mercúrio, Vênus e Marte; e os transpessoais Júpiter e Saturno. Formam o corpo planetário conhecido na antiguidade e estavam ligados aos sete dias da semana, às sete notas musicais e às sete cores do arco-íris.

 

O encontro, do ponto de vista geocêntrico, dos dois planetas-gigantes do Sistema Solar é um dos mais importantes eventos de interesse para a Astrologia Mundial.

A "dança" completa leva em torno de 795 anos, quando então se inicia uma repetição dos pontos da conjunção. Dentro desse ciclo, temos períodos com a duração aproximada de 200 anos, em que o encontro de Júpiter e Saturno acontece repetidamente num mesmo elemento, sendo que cada signo recebe a conjunção três vezes, com um intervalo de 60 anos entre cada uma ( Touro, por exemplo: 1881, 1940-41, 2000).

O momento dessa mudança de elemento recebe o nome de A Grande Mutação. E, como podemos observar, a Grande Mutação para o elemento Terra se iniciou em 1802, com a entrada no signo de Virgem como um anúncio da transição (pois ainda houve o fechamento da Mutação do elemento Fogo, em 1821, a 24º de Áries). Agora, em 2000, a última dessas conjunções em Terra está acontecendo.

A próxima Grande Mutação no elemento Terra só começará em 2596 (a 3º de Virgem) seguindo o mesmo padrão de "mensageiro" do novo ciclo, antes do fechamento da Mutação em Fogo vinte anos depois, em 2616 (a 21º de Áries). Verificamos assim, que sempre há uma fase intermediária, onde uma etapa está se fechando enquanto a próxima já vai chegando. É o caso da Mutação para o próximo elemento, o Ar, que se anunciou em 1981, em Libra.

Então, a conjunção desse ano 2000 indica o fechamento de um período, onde houve uma valorização maior das questões materiais. E isso é bem fácil de perceber, pois foi nos últimos 200 anos que a humanidade mudou a face da Terra, de forma marcante, através da construção de estradas que cortaram o planeta de norte a sul, de torres, de usinas hidrelétricas, às custas da devastação de florestas, rios etc.

E os próximos 200 anos, contados a partir de 1981, indicam uma ênfase em assuntos mais mentais, conceituais ou abstratos, o que nos permite esperar que a humanidade use mais o seu potencial de equilíbrio e inteligência.

Doriforias: raros encontros planetários


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