| Neste artigo, Paula Falcão retoma a abordagem 
              central de sua palestra no Congresso da SARJ, realizado em novembro 
              de 1998: não existe novidade alguma nas rápidas mudanças 
              por que o mundo está passando, já que a globalização 
              apenas confirma as descobertas da física quântica, 
              na década de quarenta. Com base nas teorias astrológicas 
              de Alice Bailey, Paula analisa também o grande eclipse de 
              agosto de 1999 e enumera as ilusões que a humanidade precisará 
              superar. Enquanto a circulação financeira mundial 
              ultrapassa um trilhão de dólares por dia, o mesmo 
              movimento provindo de uma troca efetiva de bens e serviços 
              é da ordem de 20 a 25 bilhões de dólares por 
              dia. O produto de maior valor e de circulação mais 
              rápida do mundo é totalmente impalpável: a 
              informação. 500 a 600 empresas multinacionais comandam 25% das 
              atividades econômicas do mundo, e detém 80 a 90% da 
              tecnologia. A Internet já atende por 35% das comunicações 
              mundiais, e dobra de tamanho a cada 12 ou 15 meses, dando a cada 
              vez mais pessoas acesso a informações e produtos de 
              qualquer lugar do mundo. Os grandes blocos econômicos, como CEE, NAFTA, 
              MERCOSUL etc., tiram o poder dos governos individuais. Por outro 
              lado, as decisões político-econômico-sociais 
              de cada país refletem-se imediatamente em todos os outros, 
              haja vista, por exemplo, a recente crise do Japão. Todo esse 
              rolo compressor aumenta sua velocidade a cada dia, ameaçando 
              passar por cima de quem não estiver "globalizado" 
              também. Infelizmente para quem não percebeu antes, 
              isto não é novidade. É até fato científico: 
              na década de 40, David Bohm, professor de física quântica 
              da Universidade de Princeton, provou, com seus estudos sobre o plasma, 
              que tudo estava interligado. O que mudou foi apenas a velocidade 
              com que percebemos essas ligações. Porém, na 
              década de 30 já havia sido provado que a consciência 
              de um fenômeno altera o próprio fenômeno: a globalização 
              é uma conseqüência de nós a termos percebido. 
             E por que a percebemos especificamente agora? Que 
              momento especial é esse que estamos vivendo? Podemos dizer 
              que o homem sempre soube que este momento chegaria. Em 1475, uma antiga profecia maia dizia que uma era 
              negra de 520 anos estava começando, e que, ao fim desta, 
              a cultura maia refloresceria novamente. Os 520 anos terminaram em 
              1995, e, neste momento, milhares de pessoas no mundo todo estudam 
              o calendário maia, além de Palenque, a capital maia, 
              ser o refúgio dos guerrilheiros zapatistas, que, através 
              da Internet, revelam ao mundo tudo o que fazem. Al-Qabar, ou a Estrela do Norte, que se refletia 
              no início da passagem descendente da Pirâmide de Quéops 
              todos os anos ao anoitecer do equinócio de primavera, deixará 
              de lançar seu brilho nessa passagem no ano de 2004. O famoso vidente americano Edgar Cayce previa que 
              "em 1998 nós poderemos constatar uma grande quantidade 
              de atividades que ocorrerão pelas mudanças graduais 
              que estão por vir. Este será um período em 
              que o ciclo de atividades solar aumentará, mas será 
              uma atividade gradual, e não um cataclismo rápido." A mais terrível das centúrias de Nostradamus 
              se refere a 1999: 
               
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                | Nostradamus |  L'an mil neuf cens nonante neuf sept moisDu ciel viendra un grand Roy d'effrayeur
 Resusciter le grand Roy d' Angolmois
 Auant aprés Mars régner pour bon-heur.
 [No ano mil novecentos e noventa e nove, sete meses,Do céu virá um grande rei de terror;
 Ressuscitar o grande Rei de Angolmois,
 Antes, depois, Marte reinar para felicidade]
 Não tentarei interpretar esta centúria, 
              não sou especialista em Nostradamus. Mas o mês de julho 
              de 99, que está claríssimo na centúria, após 
              a conversão do calendário juliano para o gregoriano 
              pode virar agosto, e em agosto de 1999 ocorrerá o último 
              eclipse solar do milênio.  O grande eclipse de 1999 |