Pitágoras e o Tema do Número
AUTOR: Mário Ferreira dos Santos
EDITORA: Ibrasa, 2000 - 240 páginas

 

· Lei da Harmonia todos os seres tentam ajustar-se dentro de conjuntos cada vez maiores e mais harmônicos, determinando, alternadamente, funções secundárias e principais. Esta é a lei da interação e conjugação, simbolizada pelo 6. · Lei da Evolução os seres não permanecem na sua forma e no que são: evoluem, progridem, tendendo ao cumprimento daquilo que em sua natureza há de melhor. Esta é a lei da realização, simbolizada pelo 7. · Lei da Mutação

os seres não permanecem na sua forma e no que são: conhecem mutações substanciais que o atingem completamente, determinando o seu rumo biográfico e a sua continuidade histórica de maneira completamente nova.

Afinal, em tudo há saltos qualitativos e específicos. Esta é a lei da transformação, simbolizada pelo 8. · Lei do Conhecimento Transcendental finalmente, todo ser, em sua heterogeneidade, caminha em direção ao Bem Cósmico, tentando homogeneizar-se no Grande Todo. Entretanto, nem tudo e nem todos cumprem esse trajeto tendo ciência de que todas as coisas obedecem a certas Leis Supremas, ou seja: nem todos sabem que leis são essas e como elas determinam o rumo de nossas vidas. Esta é a lei das Leis, do Conhecimento Supremo, simbolizado pelo 9.

· Lei da Ordem Cósmica
afinal, tudo parte do Ser e ao Ser retorna, configurando os grandes ciclos a que tudo está submetido, onde o equilíbrio é provisoriamente rompido para depois ser recuperado, mostrando os reveses da vida e que nem tudo está perdido, por mais que as coisas não espelhem a perfeição divina - que parece ser apenas um atributo de Deus. É o que concebemos como a lei do "eterno retorno", simbolizado pelo 10.

No mais, devemos acrescentar que o número 0 (zero), que expressa a ausência da unidade ou a de qualquer outra manifestação numérica, representa aquilo que ainda está imanifesto e, por isso mesmo, acaba simbolizando A Potência Suprema, O Absoluto de onde tudo parte e para o qual tudo retorna, demarcando não só o início da via simbólica descrita pela tetractys pitagórica como também o seu final. Aliás, não é à toa que o número zero seja redondo, deixando subentender o movimento circular que se dá entre o plano divino e o mundano.

A simbólica dos números

Há no pensamento de muitas religiões a afirmativa de que do Absoluto (do Ser Supremo) vêm todas as coisas e que para o Absoluto todas retornam. Se considerarmos bem esta máxima, ela pode ser traduzida pitagoricamente da seguinte forma: "Tudo o que há ou existe vem do Zero, e ao Zero retorna". A numerologia pitagórica tenta ilustrar a longa passagem e trajetória do Caos ao Kosmos, sendo assim uma grande metáfora da Criação, ou seja, daquilo que ainda não era e como passou a ser o que é. Desse modo, a tetractys pitagórica representa o ciclo a que estão submetidas todas as coisas, traduzindo as várias etapas e escalas da Manifestação e da Criação que são, a saber:

[* salto qualitativo formal]

Mas, para entender então o valor metafísico e filosófico que cada número guarda em si mesmo, e isto estritamente de acordo com a numerologia Pitagórica, vale a pena ler este livro do nosso filósofo Mário Ferreira dos Santos, que trata o assunto com extrema maestria.

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