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ASTROLÓGICA 2003

Ernest Hemingway e o lado réptil de todos nós

Fernando Fernandes

 

A Astrológica 2003, evento realizado em julho na Gaia, em São Paulo, apresentou algumas palestras que despertaram fortemente a atenção da platéia pelo ineditismo do tema. Uma delas foi a análise de Ana Maria González sobre a vida e obra de Ernest Hemingway. Outra, a apresentação de Carlos Fini sobre os três níveis cerebrais e suas correspondências astrológicas.

O lado réptil de todos nós

Carlos Fini, que atualmente leciona Cosmologia na Faculdade Bezerra de Menezes, de Curitiba, foi o responsável pela interface entre a Astrologia e a Ciência, ao desenvolver o tema Zodíaco e Holomovimento.

Para entender a proposta de Fini, vejamos um resumo da teoria dos três níveis cerebrais desenvolvida pela Neurociência, conforme colocada pelo médico e biólogo Eugênio Mussak em recente palestra no âmbito do Programa de Estudos em Gestão de Pessoas da USP:

Segundo Mussak, o cérebro humano é dividido em três partes, reptiliano, límbico e cortical, que se desenvolveram em épocas distintas. O primeiro deles, cujos componentes têm similaridades com cérebros de répteis, é responsável pela nossa sobrevivência, ou seja, pelos instintos. Nessa parte do cérebro são controlados os instintos de nutrição, de repouso e de reprodução.

O límbico, que surgiu cerca de 340 milhões de anos após o reptiliano, coordena nossas emoções e sentimentos, buscando o prazer e evitando sofrimentos. (...)

Na terceira parte do cérebro, o córtex, de apenas 50 mil anos, se desenvolve o raciocínio e a percepção dos fenômenos abstratos.

Há uma disputa de poder entre essas três partes do cérebro, mas, segundo o médico, "as decisões devem ser sempre racionais e não emocionais, porque, nessas, a chance de errar é de 100%." Daí a importância, segundo ele, da inteligência emocional, que prega a vida com emoção, desde que esta seja administrada pela parte pensante do cérebro, equilibrando, deste modo, as três partes que o compõem.

Carlos Fini falou do lado "lagarto" que ainda carregamos dentro de nós. A luta pela sobrevivência é uma herança reptiliana.

Sobre esta base teórica já amplamente disseminada, o que Fini propõe é uma associação de cada nível com princípios planetários, o que permite utilizar o mapa para localizar, através da observação de aspectos e configurações complexas, os padrões de interação entre os níveis cerebrais de cada indivíduo.

João Acuio e Lizzie Rodrigues, editora de Stars Talk, trocam idéias após a palestra de Fini.

Assim, Plutão, Marte e Saturno corresponderiam ao nível reptiliano, coordenando a luta pela sobrevivência e a manifestação dos instintos. Já a Lua, Netuno e Vênus - os três planetas considerados mais femininos - regeriam o nível límbico, com predominância da vida emocional e afetiva.

Por último, Sol, Mercúrio, Júpiter e Urano teriam relação com o nível cortical, simbolizando os processos da consciência e do raciocínio lógico e abstrato. Mediante diagramas cada vez mais complexos, Fini exemplificou visualmente as múltiplas interações entre os três níveis, mostrando como o mapa natal pode lançar luz sobre as dicotomias do comportamento e as dificuldades de integração de funções atuando em níveis diferentes.

Navegue pela Astrológica 2003:

A rudeza de Marte no mapa de Ernest Hemingway

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