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 Edição 107 :: Maio/2007 :: -

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Conjunções de Plutão e de Júpiter com Éris

Raul V. Martinez

Raul Martinez faz um inventário dos fatos históricos e avanços científicos associados às conjunções do novo planeta Éris com Júpiter e Plutão para confirmar a hipótese de que Éris é o verdadeiro regente de Touro.

Em texto anterior, publicado em Constelar nº 102, procurei demonstrar que Éris é o novo regente de Touro, que ele possui qualidades astrológicas complementares ou antagônicas às de Plutão, e que se exalta em Sagitário. Agora, aproveitando uma idéia do Fernando Fernandes, procuro verificar se existem ou não concordâncias entre fatos importantes e conjunções de Éris com Plutão (no transcorrer da era cristã) e conjunções de Éris com Júpiter (nos últimos duzentos anos); Júpiter está sendo considerado por ser o regente do signo onde Éris se exalta.

Conjunções de Plutão com Éris
(calculadas com o Riyal - programa gratuíto)

Pluto/Eris 4Ar36 2/ 6/ 360 21h51m07s
Pluto/Eris 4Ar30 12/ 8/ 360 19h12m43s
Pluto/Eris 4Ar11 22/ 3/ 361 16h41m04s
Pluto/Eris 3Ar51 24/11/ 361 23h13m03s

As conjunções de Plutão com Éris, no início de Áries, nos anos 360 e 361, se deram na época em que o imperador romano Flávio Cláudio Juliano [1] procurou restaurar o paganismo no império.

Concordâncias: Áries pode ser associado ao Império Romano; manter ou conservar forma de crença que havia sido modificada ou transformada concorda com qualidades atribuídas a Éris, a Plutão, e a Sagitário.

(1) da Wikipédia: Flávio Cláudio Juliano (331 - 23 de Junho 363) foi o último imperador pagão do Império Romano e reinou entre 361 e a sua morte. Nascido em Constantinopla, homem de notável formação intelectual, cujo reinado, de apenas vinte meses, ficou marcado pela pretensão de harmonizar a cultura e a justiça com os valores da antiga religião pagã de Roma. Embora batizado e educado no cristianismo, declarou-se pagão ao iniciar o mandato. Introduziu diversas reformas, reduziu os impostos e proclamou a liberdade de culto. Apesar de sua aparente tolerância religiosa, tomou medidas contra os cristãos. Ainda criança, testemunhou o assassinato de sua família por seu primo, o imperador cristão Constâncio II em 337, quando este, após a morte de Constantino I, procurava eliminar possíveis rivais ao trono. Isto deu início a sua desconfiança em relação ao cristianismo.

 

Pluto/Eris 22Pi55 30/ 4/ 837 17h35m22s
Pluto/Eris 22Pi45 18/ 8/ 837 7h37m13s
Pluto/Eris 22Pi27 22/ 2/ 838 12h54m45s

As conjunções de Plutão com Éris, ocorridas em Peixes, nos anos 837 e 838, se deram na época em que o Cometa Halley teve sua passagem mais próxima da Terra, em 10 de abril de 837 (0.03 AU da Terra), quando sua cauda pode ter se alongado 90º pelo céu, causando situações de pânico, medo e muitas orações.

Concordâncias: Peixes pode ser associado a sofrimentos e a enganos, inclusive sobre perdas e morte; a presença do grande cometa, interpretada como proximidade do juízo final, pode ser associada a Sagitário, signo de exaltação de Éris. Lembrando ainda que, também em termos astrológicos, as "exaltações" sempre possuem certo sentido de exagero.

Em termos atuais, sabe-se que os cometas, além de serem formados na região onde se encontra Éris, também possuem em comum com Éris a qualidade de "conservação" - no caso, da conservação de moléculas fundamentais para a vida.

Artigos publicados na revista Science (www.sciencemag.org), em 15.12.2006, sobre a composição de cometas, dizem que "esses pedaços de gelo e poeira que vagam pelo nosso sistema solar parecem estar recheados de moléculas orgânicas fundamentais para a vida", conforme anunciou a Nasa, com base em análises de amostras trazidas à Terra pela sonda Stardust, com partículas do cometa Wild 2.

De acordo com Donald Brownlee, da Universidade de Washington, um dos autores do estudo, as partículas quentes do interior do sistema solar migraram para as áreas mais frias, além de Plutão, onde congelaram e formaram os cometas.

Ainda sobre cometas: o famoso quadro Adoração dos Reis Magos, de Giotto, onde a Estrela de Belém é representada por um cometa, foi pintado em torno de 1305, como afresco da Capela da Arena, em Pádua, na Itália, pouco antes de novo encontro de Plutão com Éris.

O quadro Adoração dos Reis Magos, pintado entre 1304 e 1306
pelo italiano Giotto, um dos precursores do Renascimento Artístico.
O cometa aparece logo acima do teto da estrebaria.

Pluto/Eris 2Pi44 30/ 3/1309 13h41m22s
Pluto/Eris 2Pi27 7/ 8/1309 21h30m55s
Pluto/Eris 2Pi05 14/ 1/1310 18h49m15s

As conjunções de Plutão com Éris, ocorridas no início de Peixes, em 1309 e 1310, se deram na época em que 64 membros da Ordem dos Templários [2], os mais importantes entre eles, foram presos, torturados e queimados, em 11 de maio de 1310, sob a acusação de heresia - embora o motivo real das acusações tenham sido as dívidas e as pretensões políticas do corrupto Felipe IV, "O Belo", rei da França.

[2] Ordem dos Templários - Fundada em torno de 1118 para oferecer proteção a peregrinos na estrada de Jaffa a Jerusalém. No princípio, seus membros eram conhecidos como os Cavaleiros Pobres de Cristo, até que o rei Balduíno II de Jerusalém lhes deu uma sede no lugar onde se acreditava ser o das ruínas do Templo de Salomão. A Ordem cresceu rapidamente, estando sujeita apenas à autoridade papal. Recebeu doações volumosas em dinheiro e terras, tendo como membros filhos de nobres famílias de toda a Europa. Embora a missão inicial fosse militar, só uma pequena parte de seus membros estava nas linhas de frente. A Ordem inovou, criando cartas de crédito para peregrinos que viajavam para a Terra Santa, que podiam depositar valores no local do início da viagem para recebê-los no destino, com isso evitando furtos e perdas, embora mediante pagamento de taxas.

Imagem: pintura do século XIV mostrando o suplício dos templários condenados por Felipe, o Belo.

Concordâncias: o misticismo, sofrimentos, enganos e inimigos ocultos concordam com Peixes; dinheiro, valores, proteção a peregrinos, concordam com qualidades de Éris; transformação e morte, com Plutão. Os locais distantes, sagrados, e os julgamentos, concordam com Sagitário.

Pluto/Eris 18Sa33 16/12/1756 0h00m25s

A conjunção de Plutão com Éris, ocorrida em Sagitário, signo de exaltação de Éris, em 1756, se deu na época em que teve início a Guerra dos Sete Anos [4] - que foram conflitos internacionais por posses de territórios coloniais. O fim desses conflitos ocorreu em 1763, com a assinatura do Tratado de Paris entre a Inglaterra e a França, que gerou grandes trocas entre as potências européias: a Inglaterra obteve da França o Canadá, Nova Escócia, São Vicente, Dominica, Tobago, Granada e Minorca; a França recuperou Guadeloupe, Santa Lúcia, as colônias que possuía na Índia e garantias sobre direitos de pesca na Terra Nova; a Espanha recebeu da França a Louisiana, trocou a Flórida por Havana e recuperou Manila e as Filipinas.

[3] Guerra dos Sete Anos - Wikipédia - "Foi o primeiro conflito a ter caráter mundial, e o seu resultado é muitas vezes apontado como o ponto fulcral que deu origem à inauguração da era moderna. A Guerra foi precedida por uma reformulação do sistema de alianças entre as principais potências européias, a chamada a Revolução Diplomática de 1756, e caracterizou-se pelas sucessivas derrotas francesas na Alemanha (Rossbach), no Canadá (queda de Québec e Montreal) e na Índia".

Concordâncias: os envolvimentos internacionais, os tratados entre nações sobre posses de territórios coloniais, e as transformações e mudanças decorrentes, concordam com qualidades astrológicas de Sagitário, Éris e Plutão.

  • Historiadores consideram a independência norte-americana, que levou à formação do país mais rico (Éris) do mundo, como outra conseqüência dos conflitos iniciados em 1756, quando Éris e Plutão estiveram juntos a 18º33' de Sagitário.

As conjunções de Júpiter com Éris



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